A espiritualidade de Daniel salvou-o dos leões ferozes!

“Daniel e a cova dos leões” – Briton Rivière, Inglaterra, 1872

Uma das histórias bíblicas impactantes, aborda temas que ainda são bem atuais: os supostos poderes opressores, a servidão e a escravidão, além do cerceamento ao direito de pensar diferente, como por exemplo: compreender um único Princípio-Deus, a Ele obedecer e ser fiel, derivando desta existência, uma lei divina sempre presente e ativa, expressa num poder absoluto, para o qual, todo o bem é sempre possível, como manter leões famintos, bem calminhos e sob controle. Essa história consta no livro de Daniel, no Antigo Testamento. Foi o diferencial de sua espiritualidade e confiança só no poder do desdobramento do bem que capacitou Daniel a sair vivo e ileso da cova dos leões, donde ninguém saia vivo.

O assim chamado poder de império, concedia ao Rei Nabucodonosor, a vantagem de coptar, os melhores jovens caldeus de cidades sitiadas, para servir no palácio real, e, foi o que levou o jovem Daniel para servir ao rei. Essa influência imperialista, que busca monopolizar a vida e a mente das pessoas, pode ser vista hoje no fenômeno sociais tais como: a onda de influenciadores que cultuam a exposição de fragilidade e vulnerabilidades como sendo algo positivo, tendência que abunda na Internet; a ansiedade, a vaidade, as imposições dos falsos conceitos de beleza, os excesso de preocupação corporal, a hesitação em relação ao mau uso da inteligência artificial, as dietas, os sistemas humanos, o politeísmo, o cancelamento, etc, etc

Os que trabalhavam para o rei, perdiam o direito de ter e viver sua própria vida, passando a adotar desde as dietas das iguarias do rei, até precisarem abadonar aquilo que acreditavam, bem como sua devoção à oração e sua confiança monoteísta num único poder supremo, passando a entregar-se às crendices politeístas da seita imperial. Um complô para “cancelar” Daniel, foi tramado pelos observadores que viram na atitude de orar diariamente, uma ameaça incoveniente para às crenças politeístas, e, convenceram o rei, que se alguém no reino ousa-se adorar um só Deus, diferente dos deuses materiais adorados pela realeza, esse deveria ser condenado a pena máxima de ser atirado na cova dos leões. E foi o que aconteceu com Daniel, um obediente filho de Deus, fiel às suas convicções religiosas, e, com suficiente coragem moral, para enfretar toda aquela armação e assédio moral contra um jovem brilhante, que era capaz de interpretar e desvendar enigmas que apareciam ao rei sob a forma de sonhos, e que ninguém mais conseguia desvendar.

Uma das primeiras atitudes de Daniel, logo que foi trazido cativo para servir ao rei, foi sua decisão de não querer a dieta real, oferecida pelo conzinheiros, junto com seus amigos conterrâneos, eles preferiram “não contaminar-se com as iguarias do rei“, e, propôs ao cozinheiro-chefe dos eunucos, que lhe dessem só legumes, e, depois de dez dias, fosse tirada a prova, em relação aos que adotaram a dieta do rei. E o que ele previu aconteceu, pois suas faces estavam mais robustas do que os outros jovens, e, esta foi uma prova que intrigou os observadores da realeza. Eis uma parte do livro de Daniel 1: 8-21

Ao final do tempo determinado pelo rei para que os jovens fossem levados à sua presença, o chefe dos eunucos os levou à presença de Nabucodonosor. Então o rei falou com eles. E, entre todos, não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Por isso, passaram a servir o rei. Em toda matéria de sabedoria e de inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino. Daniel continuou ali até o primeiro ano do reinado de Ciro.

Daniel 1: 8-21 NAA – SBB

Vamos a um exemplo de leão moderno que está urrando muito:
Em tempos de Inteligência Artificial (IA), suas manhas e artimanhas, dúvidas e hesitações intrigantes, em relação a sua utilidade, possíveis exageros e uso abusivo e desenfreado, todo aquele que preserva seus pensamentos, de modo original, e, incontaminado pelas muitas falácias, invencionices, opiniões e críticas humanas, é, alguém que tende a destacar-se na multidão, recusando-se a aceitar os pontos de vistas negativos, sobre o uso da tecnologia. Não fosse o correto uso da tecnologia, hoje poderiamos estar com menos recursos para desenvolver ferramentas úteis, como um simples editor de texto, on-line, como esse que estou usando, sem falar no quanto os avanços tecnologicos trazem facilidades a vida humana. A inteligência artificial é como um papagaio, ela só repete o que lhe é ensinada, sem nenhum juízo de valor, nem alguma molécula de emoção, sentimento, ou substância inerente ao poder de cada palavra que é alimentada em suas bases de dados.

Tal como no tempo do jovem Daniel e seus amigos cativos na Babilônia, hoje toda a inteligência e sabedoria, que aplicamos desde a realização de trabalhos e provas escolares, até as decisões e escolhas ao longo de nossa jornada, pode ser uma bênção, quando com humildade, passamos a ver além das teorias biológicas e da neurociência para descobrir que a fonte de toda inteligência, que governa o homem, a natureza e o universo está no seu único Princípio criador e preservador! A Ciência Cristã nos revela essa consciência com base na real espiritualidade, que nada tem a ver com as teorias de auto-ajuda e filosofias dos sistemas humanos, teorias da prosperidade, pensamento positivo, etc, etc.

Agora, a capacidade e habilidade de pegar a visão e vislumbrar as coisas invisíveis do Espírito infinito, não é, nem precisa ser algo místico, muito menos complexo! É na simplicidade do existir, que somos capazes de demonstrar aquilo que já é inerente ao nosso ser real como expressão de um único Ego, imortal, universal — um só saber consciente, que a Astronomia chama de Cosmos, e, que aprendi na Ciência Cristã, a chamar de uma única Mente! Essa Mente única, jamais pode ser comparada com os limites e fantasias da IA. Usar o copia e cola típico da IA, é como deixar-se devorar por um leão, pois nossa própria iniciativa, improvisação, bem como nossa capacidade de expressar pensamento originais, poderia ser devorada por um tipo sutil de plágio. Essa característica plagiadora da IA, está gerando ações judiciais, como o caso do renomado jornal New York Times, que está acionando a Microsoft, e, a empresa criadora do Chat GPT, por ter usado o acervo de seus conteúdos, em sua base de dados, para alimentar os robos da inteligência artificial destas empresas. Conteúdos que estão sob Direitos Autorais, e, outras questões implicadas, como as altas inversões de publicidade, que provisionam toda uma infraestrutura organizacional de empresas jornalísticas.

Outro exemplo de leões urrantes pode ser a adoração de muito jovens e até crianças a influenciadores na Internet:
Assim como os jovens caldeus, Daniel e seus amigos, todos podemos vivenciar uma inteligência e sabedoria divinais, que podem nos fazer brilhar. Cada um de nós tem um plano e um propósito bem delineado conforme nosso talentos divinos. Basta, não consentirmos em contaminarmos com as “finas iguarias do rei“, isto é, nenhum influenciador, blogueira, ou seja lá que nome tenham, pode nos cativar para servir nos palácios irreais contruídos sobre a areia da futilidade, do conteúdo raso, e, explosão de popularidade, embasada na vaidade pessoal, na exposição de fragilidades e vulnerabilidades, e, por vezes, até no alimentar certo tipo de adulação pessoal. Seja qual for o sentido de seguir uma pessoa, para fazer parte de um exército que destila ódio, desamor, cancelamentos, nas redes sociais, nada mais é do que uma tentativa de curvar-se aos deuses do ódio, e, das tempestades do desamor, as quais só mostram o lado mais rasteiro das futilidades do eu humano.

A espiritualidade é uma domadora ideal de leões mentais:
A espiritualidade é como uma arma secreta, poderosa, inata a cada um, ela é o melhor cala boca dos supostos leões famintos para atacar nossos melhores planos. Basta compreender esse fato científico cristão, e, passo a passo, começar a utilizá-la por intermédio de oração constante, que confia no governo de uma Mente única, sempre presente e atuante. Por meio da espiritualidade crística, podemos demonstrar força e inteligência e coragem moral, na superação dos supostos “leões” mentais que vivem tentando rugir em nossa consciência, com ruídos do medo, ansiedade, indecisão, timidez, vergonha, sentimentos de culpa, pavio curto, e, o pior de todos: o preconceito. A espiritualidade nos blinda, protege, e nos aproxima dando-nos familiaridade com essa Mente única, para a qual todo o bem é sempre possível.

Como na imagem do pintor inglês, Briton Rivière, utilizada para ilustrar esse post, precisamos encarar de frente nossos próprios leões mentais, e, ver que eles nada mais são do que miragens, ilusões mentais, privadas de qualquer tipo de poder, pois, essa é a grande vantagem de sermos monoteístas e obedecer ao 1º Mandamento, ela desdobra nossa coragem moral, tal como Daniel, de não nos curvarnos diante dos falsos deuses, como os que tentam rugir em nossos pensamentos. Assim nos tranquilizamos, pois deixamos de alimentar pensamentos opressores e negativos. Munidos de nossa espiritualidade inata, deixarmos de sentir medo deles, eles desaparecem, devorando-se uns ao outros em sua própria nulidade, diante da totalidade do único poder da única Mente, que governa tudo, todos e todas as situações, até mesmo os animais classificados como selvagens e ferozes.

O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito;o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará.

Isaías 11: 6