Compaixão na cura e realização!

Com o pensamento impregnado pela tradição e costumes de sua época — uma deidade que castigava e punia seus filhos — os discípulos perguntaram a Jesus, com aquela naturalidade que lhes era natural, se quem havia pecado, seriam os pais do jovem ou ele próprio, para que ele tivesse nascido cego? Podemos ler a sua resposta, que antecedeu aquela cura memorável do jovem cego de nascença, no capítulo João 9:

Com uma qualidade divina que era parte integrante se sua consciência elevada e espiritualidade crística, Jesus, expressava compaixão para com todos, sem fazer qualquer tipo de separação entre “nós e eles”, seu olhar para o próximo era isento de qualquer tipo de preconceito ou daquelas imposições embasada em leis humanas de intolerância, como aquela que considerava os leprosos como impuros e indignos de entrar no templo com tal rigor, que eram mantidos em leprosários afastados da cidades. Essa compaixão é uma qualidade primordial na cura cristã, tal como apresentada na Ciência Cristã.

No capítulo: “A prática da Ciência Cristã” no seu livro-texto: Ciência a Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, sua autora, inicia com a narrativa de Lucas, capítulo 7. a história de Maria Madalena, ocasião em que ela entra, furtivamente, na casa do rico Simão, e, chega-se aos pés de Jesus, para perfumá-los com sândalo, e, enchagua-los com seus compridos cabelos, numa demonstração de amor, fé, coragem moral, e um reconhecimento consciente, de que ela podia encontrar sua salvação na compaixão de Jesus, ainda que para tal tivesse que correr risco e desafiar toda aquela sociedade preconceituosa, onde ela não era bem-vinda.

Podemos usar a compaixão em momento de competição ou disputa, como por exemplo para conseguir aprovação num concurso público. A crença coletiva em concorrência, tende a gerar pensamentos odiosos e limitantes. Entretanto, durante a preparação, além de estudar com os itens do edital, reservei um tempo em cada dia, para a oração consciente, e, inverter a crença de concorrência, ou que só alguns seriam beneficiando e outros não.

Com essa disposição mental, fiz tratamentos metafísicos específicos para cada crença que surgia, dentre elas a competição, fraude, limitação, incidente, acaso e acidente. O resultado foi a aprovação. Outra bênção foi de que todas as vagas oferecidas foram chamadas, ao mesmo tempo, pois havia um interesse em formar uma Secretaria de Informática, naquele órgão público federal. Só anos mais tarde fui ver a densidade de candidatos por vagas, e, o cargo que escolhi, era o que tinha a maior densidade 376 candidatos para 1 vaga. Foram oferecidas 8 vagas! Orar por nós mesmos e expandir o alcance desta oração para outros, incluindo todas as etapas: o antes, o durante e o depois, é um privilégio do aprendizado e demonstração da Ciência Cristã.

Orei com a leitura, estudo e mentoria da Lição Bíblica da Ciência Cristã [ Vide cienciacrista.com/licao ], com a expectativa de que toda a glória pertencia a Deus, e usei como uma das citações inspiradoras aquela que a Sra Eddy escreveu no livro Retrospecção e Introspecção, onde ela declara que brilhamos com luz emprestada da Mente divina. Num olhar compassivo sobre mim mesmo, entendi que aquilo que humanamente poderia ser considerado difícil e até impossível, quando alihado com o plano e propósito divino, realiza-se no momento certo, para a glória e louvor do Princípio-Deus.

Só a ideia-Cristo revela-nos: Deus cura!

O banner, compartilhado abaixo, talvez criado nos anos 90, assinado por Anderson, chamou minha atenção, tanto pelo fundo escolhindo, uma terra seca e desértica, uma planta que brota e a expressão: “Deus cura

No banner, o autor não diz mais nada, não informa se é religioso, não diz se pertence à alguma denominação religiosa, ele simplesmente, parece desejar compartilhar uma informação, com o público, a qual para ele seja relevante, ou possa até ser o resultado de alguma experiência de cura que ele mesmo tenha vivenciado.

Na arte de curar, se considerarmos os meios preventivos, palhativos e os definitivos de lidar com as doenças, mentais e físicas, cinco palavras podem vir ao pensamento: vigiar, cuidar, remediar, remir e curar. As quais podem resumir-se em estar e ficar bem, consigo mesmo e com os outros.

O melhor de todos os sanadores, que a humanidade pode ter com um exemplo e modelo, Cristo Jesus, ensinou-nos e provou que a cura divina é um elemento naural, intrínseco ao nosso existir, como filhos de Deus, portanto, ela é preventiva, eficiente, definitiva, ou seja, o seu efeito só pode ser a cura completa A cura divina outorga a liberdade de qualquer tipo de medo, mesmo o medo do contágio, receio de uma recaída ou a dúvida em relação a volta dos sintomas de dor, privação e desconforto. Interessante observar que Jesus venceu a morte, e, também condições climáticas desfavoráveis, bem como uma agressiva tentativa mental de desviá-lo do cumprimento de sua missão divina, nas 3 tentações que superou, sempre com a consciência de que o Princípio-Deus é o único poder — o Tudo-em-tudo, sempre ao nosso lado e nunca nos perdendo de vista!

A cura divina é atemporal, pois foi revelada por Cristo, e ensinada aos discípulos de Jesus, não é misteriosa, nem privilégio de poucos em uma época distante. Se pensarmos bem, ela pode ser considerada científica, em sua aplicação atual, e, no sentido de que existe uma Ciência viva e em movimento, que inclui a consciência elevada de que o reino de Deus — o reinado do bem e da harmonia — é uma constante em nosso existir espiritual, como uma imagem e semelhança do Espírito que cada um de nós foi concebido, em nossa préexistência no design perfeito e espiritual, do único Princípio-Criador. (Vide Gn 1: 25, 26). Essa cura tem um sistema que pode ser descoberto e provado, ontem, hoje e sempre. Tal como nos registros Bíblicos dos primeiros sanadores cristãos, essa descoberta tem vindo como uma revelação, ou despertar da consciência, ao fato espiritual de que para Deus, todo o bem é sempre possível.

O Apóstolo Paulo, que de um implacável perseguidor dos cristão, passou por uma cegueira temporária, e, após experimentar essa cura, ele compreendeu o Cristo que o havia curado, e dedidou o restante de sua vida a compartilhar esse poder sanador e transformador, por vários lugares na Ásia menor. Ele expressou assim esse empoderar do único Cristo e da ideia da cura espirital: “… tudo posso naquele que me fortalece.” [Filipenses 4:13 – ARA]

E como essa descoberta científica para a modernidade? Na história da evolução do pensamento da humanidade, a descoberta da cura divina, como uma dispensação atual, foi realizada por uma pesquisadora, nos arredores de Boston, no séc 19, Mary Baker Eddy, que investigou os sistema de tratamento de doenças, em seu tempo. Ela precisava de uma cura de um problema físico de saúde, que a acompanhava desde a infância.

Ela chegou a um sistema metafísico, aberto, divino, e sem fronteiras, o qual ela denominou Ciência Cristã, em 1866, dedicando 3 anos, numa reclusão social, para pesquisa-lo na Bíblia toda, e, encontrou em Jesus, o único Modelo e Exemplo, a partir da qual, todos podemos seguir, compreender e demonstrar aplicando em provas e superação cotidianas de problemas físicos, mentais, medos e fobias, na vitória sobre o pecado e as crenças de fim e mortalidade, atreladas a vida humana e seu assim chamado ciclo biológico.

Se o próprio conceito de saúde evolui ao logo dos anos, por que um sistema de cura metafísico, com base na espiritualidade cristica, não possa levedar a massa do mentalidade humana, a qual vê nas soluções materiais, drogas, remédios a única solução para aquelas soenças consideradas curáveis, e, uma icógnita para constatnes pesquisas médicas? Em 1947 a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como “… um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.

O profeta Jeremias também tinha consciência elevada pela compreensão de que Deus cura, quando ele escreveu: “Cura-me, SENHOR, e serei curado, salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor.” [Jeremias 17:14 ARA]

A Sra Eddy, acima citada, uma pesquisador científica extraordinária e a frente de seu tempo, que descobriu e revelou ao mundo a cura divina, ou metafísica, escreveu livros, e sua obra principal de 697 páginas, onde ela registrou os passos de sua longa pesquisa e prática deste sistema divino de curar, seu título é: CIÊNCIA E SAÚDE COM A CHAVE DAS ESCRITURAS, onde ela escreve na p. 253, sob o título marginal: “Prerrogativa outorgada pelo céu“:


“Espero, caro leitor, estar te guiando para a compreensão de teus direitos divinos, para a tua harmonia que vem do céu — e que, à medida que continuares lendo, compreendas que não há causa (exceto o senso mortal e material, que erra e não é poder) capaz de te tornar doente ou pecaminoso; e espero que estejas vencendo esse falso senso. Conhecendo a falsidade do chamado senso material, podes fazer valer tua prerrogativa de vencer a crença no pecado, na doença e na morte.


Conforme a Sra Eddy relata no prefácio de sua principal obra, ela criou a Faculdade de Metafisica de Massachusetts — a única desta categoria que foi licenciada pelo governo para finalidades médicas — e durante 10 anos 4000 alunos e alunas graduaram-se com ela, o que lhes tornavam Praticistas e Professores da Ciência Cristã, que retornavam às suas comunidade para seguirem sua prática pública, oferecendo tratamentos metafísicos pela oração, com base no sistema metafísico descoberto por Eddy. Depois de uma década de funcionamento, ela fechou a Faculdade. E mais tarde, ela aboliu os pastores pessoais, para ordenar a Bíblia e o livro Ciência e Saúde como o único pastor, dual e impessoal, da Ciência Cristã, recém descoberta por ela. Ela escolheu 26 temas para estudo individual, o desta semana é: CRISTO JESUS. Você pode acessa-las num espaço colaborativo, em PDF, Word ou em áudio, neste link: cienciacrista.com/licao

Como era a igreja de Jesus?

Não há muitos registros sobre a participação de Jesus num mesmo templo. Ainda bebê foi levado ao templo por seus pais, para cumprimento da lei de Moisés na cerimônia de purificação: “Pois está escrito na Lei do Senhor: “Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor.” (Lc 2: 23 NTLH)
Podemos inferir que igreja de Jesus, idealmente, cumpria a Lei do SENHOR e nos apresenta diante a presença do Princípio-Deus!

Crédito: jw.org

O primeiro registro de uma ida espontânea do preadolescente Jesus, ao templo, foi quando ele tinha 12 anos e escapou da presença de seus pais, para trocar ideias com os Sacerdotes e Mestres. Na ocasião, seus pais iam para Jerusalém para comemorarem a Páscoa dos judeus, como era costume. Foi só na peregrinação do regresso da família à Nazaré, que eles deram por falta do menino, e, depois de 3 dias de buscas, o encontraram no templo interagindo com os Mestres no templo. ( Lucas 2:41-52 NVI ) Pela recepção que ele teve no templo, podemos supor que a igreja visitada por Jesus, parecia acolher bem as crianças, claro que não no formato de uma Escola Dominical, como existe hoje em dia, mas respeitando seus conhecimentos e ensinando-lhes conforme suas capacidades de aprender.

Depois da longa procura sua mãe ficou brava e repreendeu-lhe por fugir dos pais, e, Jesus perguntou: “Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” Mas eles não compreenderam o que lhes dizia.” (Lc 2: 49,50) Podemos deduzir que a igreja de Jesus cumpria a vontade de Deus, era prioritária em sua vida, e, que Jesus tinha amor por sua igreja!

Outro relato foi quando Jesus se desagradou dos mercadores e cambistas, que por tradição vendiam, no pátio do templo, objetos e animais, tais como pombas, usados no sacrifício dos rituais, por que, em geral os peregrinos não os traziam em suas viagens! Jesus fez uma dura repreensão e derrubou as mesas, cadeiras usadas por eles para vender. ( Lc 19: 45-48) Infere-se que a igreja de Jesus, era uma casa de oração, tinha os pilares da santidade, da fidelidade e da obediência aos 10 Mandamentos, e, segue-se daí, não podia haver nenhuma condescendência com qualquer tipo de malignidade, rituais de sacrifícios de animais, e, o tal mercantilismo da fé!

Jesus retirava-se para lugares solitários e com a quietude da humildade orava para manter-se em comunhão espiritual com Deus: “Pai … não se faça a minha vontade e sim a tua” (Lc 22: 42) Ele era um assíduo leitor das Escrituras, e, no templo, usava seu direito de ler e explicar as Escrituras à congregação! Mas, o modo como ele a interpretava, por vezes, causavam revolta, e, até punha em risco sua própria vida. A igreja de Jesus era congregadora e evangelizadora, a “Palavra inspirada” era compartilhada com humildade, amor, gratidão e devoção! Esse modo diferenciado de interpretar as Escrituras, é explicado por Mary Baker Eddy, na Ciência Cristã, como sendo a sua interpretação espiritual, científica, isto é prático da Ciência do Cristianismo, aplicável a solução dos desafios do cotidiano.

Em sua breve carreira terrena, de 3 anos, a partir do momento em que ele inaugurou seu sistemas de ideias, no que conhecemos como Cristianismo, mais como uma Ciência, do que o arcabouço de ritos, sacrifícios e cerimônias materiais, ao escolher os discípulos e com eles iniciar sua evangelização, foram as casas das redondezas, que passaram a ser o lugar onde eles se reuniram, em paz e segurança, para orar e ler as Escrituras! E muitas curas eram realizadas ao longo desta jornada. Essas curas, tanto as realizadas pelo Mestre Cristo Jesus, como seus discípulos e Apóstolos, foram as primeiras provas da utilidade de sua igreja, embasada no Cristianismo puro e sua Ciência, livre, sem fronteiras, ou preconceitos, e aberta a todos!

Entretanto, o melhor senso de igreja, era sua comunhão, individual e espiritual, com Deus, a consciência crística de sua filiação com o Pai. Essa consciência elevada, manteve um elevado senso de igreja — um senso espiritual. Encanta-me ver que, em sua humildade, ele fazia de um simples barco, uma praia à beira-mar, e, um gramado na escarpa de um monte, um lugar perfeito para ensinar e praticar seu cristianismo, o qual ele assim resumiu: “Curai enfermos, purificai leprosos, ressuscitai mortos, expulsai demônios.” (Mt 10: 8 ARA)

[…] Que “Haja luz”, o Verbo diz, criando a luz benfazeja,
qual livro aberto a revelar a sua gloriosa igreja.
Nós, pedras vivas dum altar, buscamos graça merecer
Onde a Verdade lampeja.
Hinário da Ciência Cristã, hino 176 ©️CSBD


Nota: esse post foi a sequência de um anterior, que você pode acessar aqui: A igreja no topo do trending topics!

Praticista Jack: colaborar em espraiar a cura metafísica — a arte da cura!

Artigos, poemas, insights do praticista, ainda atrelados ao site anterior, estamos em processo de desvinculação desta parte autoral para esse novo espaço, e, esse processo requer um tempo para ser concluído. Agradeço sua compreensão!

Publicado em 16 de dezembro

🖼️ Arte: Jack’s Arts ©️2023