Como era a igreja de Jesus?

Não há muitos registros sobre a participação de Jesus num mesmo templo. Ainda bebê foi levado ao templo por seus pais, para cumprimento da lei de Moisés na cerimônia de purificação: “Pois está escrito na Lei do Senhor: “Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor.” (Lc 2: 23 NTLH)
Podemos inferir que igreja de Jesus, idealmente, cumpria a Lei do SENHOR e nos apresenta diante a presença do Princípio-Deus!

Crédito: jw.org

O primeiro registro de uma ida espontânea do preadolescente Jesus, ao templo, foi quando ele tinha 12 anos e escapou da presença de seus pais, para trocar ideias com os Sacerdotes e Mestres. Na ocasião, seus pais iam para Jerusalém para comemorarem a Páscoa dos judeus, como era costume. Foi só na peregrinação do regresso da família à Nazaré, que eles deram por falta do menino, e, depois de 3 dias de buscas, o encontraram no templo interagindo com os Mestres no templo. ( Lucas 2:41-52 NVI ) Pela recepção que ele teve no templo, podemos supor que a igreja visitada por Jesus, parecia acolher bem as crianças, claro que não no formato de uma Escola Dominical, como existe hoje em dia, mas respeitando seus conhecimentos e ensinando-lhes conforme suas capacidades de aprender.

Depois da longa procura sua mãe ficou brava e repreendeu-lhe por fugir dos pais, e, Jesus perguntou: “Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” Mas eles não compreenderam o que lhes dizia.” (Lc 2: 49,50) Podemos deduzir que a igreja de Jesus cumpria a vontade de Deus, era prioritária em sua vida, e, que Jesus tinha amor por sua igreja!

Outro relato foi quando Jesus se desagradou dos mercadores e cambistas, que por tradição vendiam, no pátio do templo, objetos e animais, tais como pombas, usados no sacrifício dos rituais, por que, em geral os peregrinos não os traziam em suas viagens! Jesus fez uma dura repreensão e derrubou as mesas, cadeiras usadas por eles para vender. ( Lc 19: 45-48) Infere-se que a igreja de Jesus, era uma casa de oração, tinha os pilares da santidade, da fidelidade e da obediência aos 10 Mandamentos, e, segue-se daí, não podia haver nenhuma condescendência com qualquer tipo de malignidade, rituais de sacrifícios de animais, e, o tal mercantilismo da fé!

Jesus retirava-se para lugares solitários e com a quietude da humildade orava para manter-se em comunhão espiritual com Deus: “Pai … não se faça a minha vontade e sim a tua” (Lc 22: 42) Ele era um assíduo leitor das Escrituras, e, no templo, usava seu direito de ler e explicar as Escrituras à congregação! Mas, o modo como ele a interpretava, por vezes, causavam revolta, e, até punha em risco sua própria vida. A igreja de Jesus era congregadora e evangelizadora, a “Palavra inspirada” era compartilhada com humildade, amor, gratidão e devoção! Esse modo diferenciado de interpretar as Escrituras, é explicado por Mary Baker Eddy, na Ciência Cristã, como sendo a sua interpretação espiritual, científica, isto é prático da Ciência do Cristianismo, aplicável a solução dos desafios do cotidiano.

Em sua breve carreira terrena, de 3 anos, a partir do momento em que ele inaugurou seu sistemas de ideias, no que conhecemos como Cristianismo, mais como uma Ciência, do que o arcabouço de ritos, sacrifícios e cerimônias materiais, ao escolher os discípulos e com eles iniciar sua evangelização, foram as casas das redondezas, que passaram a ser o lugar onde eles se reuniram, em paz e segurança, para orar e ler as Escrituras! E muitas curas eram realizadas ao longo desta jornada. Essas curas, tanto as realizadas pelo Mestre Cristo Jesus, como seus discípulos e Apóstolos, foram as primeiras provas da utilidade de sua igreja, embasada no Cristianismo puro e sua Ciência, livre, sem fronteiras, ou preconceitos, e aberta a todos!

Entretanto, o melhor senso de igreja, era sua comunhão, individual e espiritual, com Deus, a consciência crística de sua filiação com o Pai. Essa consciência elevada, manteve um elevado senso de igreja — um senso espiritual. Encanta-me ver que, em sua humildade, ele fazia de um simples barco, uma praia à beira-mar, e, um gramado na escarpa de um monte, um lugar perfeito para ensinar e praticar seu cristianismo, o qual ele assim resumiu: “Curai enfermos, purificai leprosos, ressuscitai mortos, expulsai demônios.” (Mt 10: 8 ARA)

[…] Que “Haja luz”, o Verbo diz, criando a luz benfazeja,
qual livro aberto a revelar a sua gloriosa igreja.
Nós, pedras vivas dum altar, buscamos graça merecer
Onde a Verdade lampeja.
Hinário da Ciência Cristã, hino 176 ©️CSBD


Nota: esse post foi a sequência de um anterior, que você pode acessar aqui: A igreja no topo do trending topics!