Por que o mar é azul?

Talvez você goste de apreciar o mar, gosto muito de contemplá-lo. Nestes dias pensei: por que o mar é azul?

A resposta pode ser simples, se observarmos que o mar nada mais é do que um grande espelho d’a água, e, portanto ele reflete, o que está acima dele, a cor do firmamento. Quando durante o dia, e, com a luz solar, o mar reflete o azul celestial. Durante a noite, ele reflete a cor escura do breu noturno, com nuances, conforme a intensidade lunar, a qual, refletindo a luz do sol, entre as sombras da noite, cobrem o mar com uma ausência de cor.

O mar, na aurora de cada amanhecer, volta a refletir o azul celeste, oferecendo uma paisagem aprazível e divinal, que todos podem contemplar e desfrutar! A fauna e a flora marinha que não estão nas profundezas, seguem sua natural e agradável rotina, no mar banhado pela luz do sol.

Mas sabe-se também que fatores da flora marinha, como algas, podem alterar as nuances da cor do mar; bem como um fato externo, como um vazamento de óleo bruto carregado por navios, pode mudar a cor, artificialmente, na região afetada. E a própria cor da areia, pode gerar nuances, conforme seja mais clara ou mais escura, ou esteja afetada pela poluição.

Mas podemos afirmar que são situações isoladas, já que na imensidão do mar, no oceano, o princípio de sua coloração segue a ordem natural da reflexão do azul celestial, durante o dia, e, incolor a noite. A seguinte citação do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, é um dos meus prediletos e me ajudou a compreender o fenômeno da reflexão divinal:

Também gosto de contemplar e orar com a citação acima, por intermédio dela podemos compreender e demonstrar, que não brilhamos por nossos próprios méritos. Nossa razão de existir, e, nossa individualidade, está sempre unida a natureza divina. Sua autora foi uma mulher extraordinária, cujo lume de sua vida, dedicada aos “negócios do Pai”. Assim ela revelou ao mundo o oceano do Amor divino, e a lei divina, que é a fonte de todo o existir, você, eu, cada um e toda a humanidade. Ela estudou as Escrituras, e, contemplou a Ciência do existir: “A Bíblia diz: “Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos”.

Tal como o mar, cada um de nós reflete a luz celestial — todo o bem outorgado pelo Espírito, Deus. Isto de forma natural, sem nenhuma complexidade. E o melhor de tudo: que só a Ciência Cristã nos explica, esse fato espiritual e metafísico, revelando algo que cada um pode, não só contemplar com a espiritualidade consciente, mas também vivenciar/demonstrar, no contidiano.

Como era a igreja de Jesus?

Não há muitos registros sobre a participação de Jesus num mesmo templo. Ainda bebê foi levado ao templo por seus pais, para cumprimento da lei de Moisés na cerimônia de purificação: “Pois está escrito na Lei do Senhor: “Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor.” (Lc 2: 23 NTLH)
Podemos inferir que igreja de Jesus, idealmente, cumpria a Lei do SENHOR e nos apresenta diante a presença do Princípio-Deus!

Crédito: jw.org

O primeiro registro de uma ida espontânea do preadolescente Jesus, ao templo, foi quando ele tinha 12 anos e escapou da presença de seus pais, para trocar ideias com os Sacerdotes e Mestres. Na ocasião, seus pais iam para Jerusalém para comemorarem a Páscoa dos judeus, como era costume. Foi só na peregrinação do regresso da família à Nazaré, que eles deram por falta do menino, e, depois de 3 dias de buscas, o encontraram no templo interagindo com os Mestres no templo. ( Lucas 2:41-52 NVI ) Pela recepção que ele teve no templo, podemos supor que a igreja visitada por Jesus, parecia acolher bem as crianças, claro que não no formato de uma Escola Dominical, como existe hoje em dia, mas respeitando seus conhecimentos e ensinando-lhes conforme suas capacidades de aprender.

Depois da longa procura sua mãe ficou brava e repreendeu-lhe por fugir dos pais, e, Jesus perguntou: “Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” Mas eles não compreenderam o que lhes dizia.” (Lc 2: 49,50) Podemos deduzir que a igreja de Jesus cumpria a vontade de Deus, era prioritária em sua vida, e, que Jesus tinha amor por sua igreja!

Outro relato foi quando Jesus se desagradou dos mercadores e cambistas, que por tradição vendiam, no pátio do templo, objetos e animais, tais como pombas, usados no sacrifício dos rituais, por que, em geral os peregrinos não os traziam em suas viagens! Jesus fez uma dura repreensão e derrubou as mesas, cadeiras usadas por eles para vender. ( Lc 19: 45-48) Infere-se que a igreja de Jesus, era uma casa de oração, tinha os pilares da santidade, da fidelidade e da obediência aos 10 Mandamentos, e, segue-se daí, não podia haver nenhuma condescendência com qualquer tipo de malignidade, rituais de sacrifícios de animais, e, o tal mercantilismo da fé!

Jesus retirava-se para lugares solitários e com a quietude da humildade orava para manter-se em comunhão espiritual com Deus: “Pai … não se faça a minha vontade e sim a tua” (Lc 22: 42) Ele era um assíduo leitor das Escrituras, e, no templo, usava seu direito de ler e explicar as Escrituras à congregação! Mas, o modo como ele a interpretava, por vezes, causavam revolta, e, até punha em risco sua própria vida. A igreja de Jesus era congregadora e evangelizadora, a “Palavra inspirada” era compartilhada com humildade, amor, gratidão e devoção! Esse modo diferenciado de interpretar as Escrituras, é explicado por Mary Baker Eddy, na Ciência Cristã, como sendo a sua interpretação espiritual, científica, isto é prático da Ciência do Cristianismo, aplicável a solução dos desafios do cotidiano.

Em sua breve carreira terrena, de 3 anos, a partir do momento em que ele inaugurou seu sistemas de ideias, no que conhecemos como Cristianismo, mais como uma Ciência, do que o arcabouço de ritos, sacrifícios e cerimônias materiais, ao escolher os discípulos e com eles iniciar sua evangelização, foram as casas das redondezas, que passaram a ser o lugar onde eles se reuniram, em paz e segurança, para orar e ler as Escrituras! E muitas curas eram realizadas ao longo desta jornada. Essas curas, tanto as realizadas pelo Mestre Cristo Jesus, como seus discípulos e Apóstolos, foram as primeiras provas da utilidade de sua igreja, embasada no Cristianismo puro e sua Ciência, livre, sem fronteiras, ou preconceitos, e aberta a todos!

Entretanto, o melhor senso de igreja, era sua comunhão, individual e espiritual, com Deus, a consciência crística de sua filiação com o Pai. Essa consciência elevada, manteve um elevado senso de igreja — um senso espiritual. Encanta-me ver que, em sua humildade, ele fazia de um simples barco, uma praia à beira-mar, e, um gramado na escarpa de um monte, um lugar perfeito para ensinar e praticar seu cristianismo, o qual ele assim resumiu: “Curai enfermos, purificai leprosos, ressuscitai mortos, expulsai demônios.” (Mt 10: 8 ARA)

[…] Que “Haja luz”, o Verbo diz, criando a luz benfazeja,
qual livro aberto a revelar a sua gloriosa igreja.
Nós, pedras vivas dum altar, buscamos graça merecer
Onde a Verdade lampeja.
Hinário da Ciência Cristã, hino 176 ©️CSBD


Nota: esse post foi a sequência de um anterior, que você pode acessar aqui: A igreja no topo do trending topics!

A espiritualidade de Daniel salvou-o dos leões ferozes!

“Daniel e a cova dos leões” – Briton Rivière, Inglaterra, 1872

Uma das histórias bíblicas impactantes, aborda temas que ainda são bem atuais: os supostos poderes opressores, a servidão e a escravidão, além do cerceamento ao direito de pensar diferente, como por exemplo: compreender um único Princípio-Deus, a Ele obedecer e ser fiel, derivando desta existência, uma lei divina sempre presente e ativa, expressa num poder absoluto, para o qual, todo o bem é sempre possível, como manter leões famintos, bem calminhos e sob controle. Essa história consta no livro de Daniel, no Antigo Testamento. Foi o diferencial de sua espiritualidade e confiança só no poder do desdobramento do bem que capacitou Daniel a sair vivo e ileso da cova dos leões, donde ninguém saia vivo.

O assim chamado poder de império, concedia ao Rei Nabucodonosor, a vantagem de coptar, os melhores jovens caldeus de cidades sitiadas, para servir no palácio real, e, foi o que levou o jovem Daniel para servir ao rei. Essa influência imperialista, que busca monopolizar a vida e a mente das pessoas, pode ser vista hoje no fenômeno sociais tais como: a onda de influenciadores que cultuam a exposição de fragilidade e vulnerabilidades como sendo algo positivo, tendência que abunda na Internet; a ansiedade, a vaidade, as imposições dos falsos conceitos de beleza, os excesso de preocupação corporal, a hesitação em relação ao mau uso da inteligência artificial, as dietas, os sistemas humanos, o politeísmo, o cancelamento, etc, etc

Os que trabalhavam para o rei, perdiam o direito de ter e viver sua própria vida, passando a adotar desde as dietas das iguarias do rei, até precisarem abadonar aquilo que acreditavam, bem como sua devoção à oração e sua confiança monoteísta num único poder supremo, passando a entregar-se às crendices politeístas da seita imperial. Um complô para “cancelar” Daniel, foi tramado pelos observadores que viram na atitude de orar diariamente, uma ameaça incoveniente para às crenças politeístas, e, convenceram o rei, que se alguém no reino ousa-se adorar um só Deus, diferente dos deuses materiais adorados pela realeza, esse deveria ser condenado a pena máxima de ser atirado na cova dos leões. E foi o que aconteceu com Daniel, um obediente filho de Deus, fiel às suas convicções religiosas, e, com suficiente coragem moral, para enfretar toda aquela armação e assédio moral contra um jovem brilhante, que era capaz de interpretar e desvendar enigmas que apareciam ao rei sob a forma de sonhos, e que ninguém mais conseguia desvendar.

Uma das primeiras atitudes de Daniel, logo que foi trazido cativo para servir ao rei, foi sua decisão de não querer a dieta real, oferecida pelo conzinheiros, junto com seus amigos conterrâneos, eles preferiram “não contaminar-se com as iguarias do rei“, e, propôs ao cozinheiro-chefe dos eunucos, que lhe dessem só legumes, e, depois de dez dias, fosse tirada a prova, em relação aos que adotaram a dieta do rei. E o que ele previu aconteceu, pois suas faces estavam mais robustas do que os outros jovens, e, esta foi uma prova que intrigou os observadores da realeza. Eis uma parte do livro de Daniel 1: 8-21

Ao final do tempo determinado pelo rei para que os jovens fossem levados à sua presença, o chefe dos eunucos os levou à presença de Nabucodonosor. Então o rei falou com eles. E, entre todos, não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Por isso, passaram a servir o rei. Em toda matéria de sabedoria e de inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino. Daniel continuou ali até o primeiro ano do reinado de Ciro.

Daniel 1: 8-21 NAA – SBB

Vamos a um exemplo de leão moderno que está urrando muito:
Em tempos de Inteligência Artificial (IA), suas manhas e artimanhas, dúvidas e hesitações intrigantes, em relação a sua utilidade, possíveis exageros e uso abusivo e desenfreado, todo aquele que preserva seus pensamentos, de modo original, e, incontaminado pelas muitas falácias, invencionices, opiniões e críticas humanas, é, alguém que tende a destacar-se na multidão, recusando-se a aceitar os pontos de vistas negativos, sobre o uso da tecnologia. Não fosse o correto uso da tecnologia, hoje poderiamos estar com menos recursos para desenvolver ferramentas úteis, como um simples editor de texto, on-line, como esse que estou usando, sem falar no quanto os avanços tecnologicos trazem facilidades a vida humana. A inteligência artificial é como um papagaio, ela só repete o que lhe é ensinada, sem nenhum juízo de valor, nem alguma molécula de emoção, sentimento, ou substância inerente ao poder de cada palavra que é alimentada em suas bases de dados.

Tal como no tempo do jovem Daniel e seus amigos cativos na Babilônia, hoje toda a inteligência e sabedoria, que aplicamos desde a realização de trabalhos e provas escolares, até as decisões e escolhas ao longo de nossa jornada, pode ser uma bênção, quando com humildade, passamos a ver além das teorias biológicas e da neurociência para descobrir que a fonte de toda inteligência, que governa o homem, a natureza e o universo está no seu único Princípio criador e preservador! A Ciência Cristã nos revela essa consciência com base na real espiritualidade, que nada tem a ver com as teorias de auto-ajuda e filosofias dos sistemas humanos, teorias da prosperidade, pensamento positivo, etc, etc.

Agora, a capacidade e habilidade de pegar a visão e vislumbrar as coisas invisíveis do Espírito infinito, não é, nem precisa ser algo místico, muito menos complexo! É na simplicidade do existir, que somos capazes de demonstrar aquilo que já é inerente ao nosso ser real como expressão de um único Ego, imortal, universal — um só saber consciente, que a Astronomia chama de Cosmos, e, que aprendi na Ciência Cristã, a chamar de uma única Mente! Essa Mente única, jamais pode ser comparada com os limites e fantasias da IA. Usar o copia e cola típico da IA, é como deixar-se devorar por um leão, pois nossa própria iniciativa, improvisação, bem como nossa capacidade de expressar pensamento originais, poderia ser devorada por um tipo sutil de plágio. Essa característica plagiadora da IA, está gerando ações judiciais, como o caso do renomado jornal New York Times, que está acionando a Microsoft, e, a empresa criadora do Chat GPT, por ter usado o acervo de seus conteúdos, em sua base de dados, para alimentar os robos da inteligência artificial destas empresas. Conteúdos que estão sob Direitos Autorais, e, outras questões implicadas, como as altas inversões de publicidade, que provisionam toda uma infraestrutura organizacional de empresas jornalísticas.

Outro exemplo de leões urrantes pode ser a adoração de muito jovens e até crianças a influenciadores na Internet:
Assim como os jovens caldeus, Daniel e seus amigos, todos podemos vivenciar uma inteligência e sabedoria divinais, que podem nos fazer brilhar. Cada um de nós tem um plano e um propósito bem delineado conforme nosso talentos divinos. Basta, não consentirmos em contaminarmos com as “finas iguarias do rei“, isto é, nenhum influenciador, blogueira, ou seja lá que nome tenham, pode nos cativar para servir nos palácios irreais contruídos sobre a areia da futilidade, do conteúdo raso, e, explosão de popularidade, embasada na vaidade pessoal, na exposição de fragilidades e vulnerabilidades, e, por vezes, até no alimentar certo tipo de adulação pessoal. Seja qual for o sentido de seguir uma pessoa, para fazer parte de um exército que destila ódio, desamor, cancelamentos, nas redes sociais, nada mais é do que uma tentativa de curvar-se aos deuses do ódio, e, das tempestades do desamor, as quais só mostram o lado mais rasteiro das futilidades do eu humano.

A espiritualidade é uma domadora ideal de leões mentais:
A espiritualidade é como uma arma secreta, poderosa, inata a cada um, ela é o melhor cala boca dos supostos leões famintos para atacar nossos melhores planos. Basta compreender esse fato científico cristão, e, passo a passo, começar a utilizá-la por intermédio de oração constante, que confia no governo de uma Mente única, sempre presente e atuante. Por meio da espiritualidade crística, podemos demonstrar força e inteligência e coragem moral, na superação dos supostos “leões” mentais que vivem tentando rugir em nossa consciência, com ruídos do medo, ansiedade, indecisão, timidez, vergonha, sentimentos de culpa, pavio curto, e, o pior de todos: o preconceito. A espiritualidade nos blinda, protege, e nos aproxima dando-nos familiaridade com essa Mente única, para a qual todo o bem é sempre possível.

Como na imagem do pintor inglês, Briton Rivière, utilizada para ilustrar esse post, precisamos encarar de frente nossos próprios leões mentais, e, ver que eles nada mais são do que miragens, ilusões mentais, privadas de qualquer tipo de poder, pois, essa é a grande vantagem de sermos monoteístas e obedecer ao 1º Mandamento, ela desdobra nossa coragem moral, tal como Daniel, de não nos curvarnos diante dos falsos deuses, como os que tentam rugir em nossos pensamentos. Assim nos tranquilizamos, pois deixamos de alimentar pensamentos opressores e negativos. Munidos de nossa espiritualidade inata, deixarmos de sentir medo deles, eles desaparecem, devorando-se uns ao outros em sua própria nulidade, diante da totalidade do único poder da única Mente, que governa tudo, todos e todas as situações, até mesmo os animais classificados como selvagens e ferozes.

O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito;o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará.

Isaías 11: 6